Este TCC ( Evelyn Fogaça Alves) é fruto de uma parceria entre o Núcleo Interdisciplinar em Políticas Públicas (NIPP) e a Gerência de Estatística e Análise Criminal (GEAC) da Secretaria de Estado da Segurança Pública de Santa Catarina (SSP/SC) para análise dos dados de furtos e roubos processados pela GEAC. Esse estudo tem como objetivo analisar a variação espacial e temporal dos registros de roubos no período 2011 a 2016 e furtos no período 2013 a 2016 da cidade de Florianópolis e também estabelecer uma associação com a pesquisa “Violências e Sensação de Segurança no Ambiente de Campi Universitários” realizada pelo NIPP. Nessa associação, procuramos realizar uma análise comparativa entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e o bairro Trindade utilizando os registros de roubos fornecidos pela GEAC. Com os resultados foi possível notar que a ligação que os eventos de roubos e os furtos têm em comum é o fato de ambos possuírem as maiores ocorrências no Centro da cidade, fora isso eles possuem tendências distintas. Quando analisado o furto pode ser observado que o período de mais ocorrências é o verão. Já o roubo não apresentou uma tendência mensal ou sazonal, mas pode ser notado que os maiores registros são à noite. No estudo comparativo entre UFSC e Trindade, verificou-se que as ocorrências de roubos na UFSC correspondem de 19% a 42% das ocorrências da Trindade e que metade dos crimes registrados no turno madrugada na Trindade são na UFSC.
https://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/172594.
http://www.forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2017/03/R20-Final.pdf
Em passagem pelo Oeste catarinense os pesquisadores do NIPP puderam conhecer o Programa da Polícia Militar que trata das Violências e Políticas Ambientais. O projeto de formação de “protetores ambientais” nas escolas. As fotos mostram a visita do grupo à Escola de Educação Básica Irmã Anunciata Sperandio, município de Peritiba em 27/05/2017, acompanhados do Sargento Chaves. Na oportunidade os pesquisadores puderam dialogar com os professores, alunos sendo também recebidos pela prefeita de Peritiba NEUSA KLEIN MARASCHINI.
O programa da Polícia Militar Ambiental de Santa Catarina chamado Programa de Formação de Protetores Ambientais – PROA, acontece em todo o estado e acompanha o calendário escolar. O curso de capacitação em proteção ambiental ocorre no contra-turno das aulas regulares e é oferecido para jovens de 12 a 14 anos que estejam regularmente matriculados nas redes educacionais públicas e privadas. São oferecidas 30 vagas por turma e o processo de entrada se dá por processo seletivo (uma prova estadual com questões relacionadas ao meio ambiente). Os alunos recebem material didático, uniforme (estilo militar), alimentação e, na maioria das vezes, transporte. A carga horária mínima é de 180 horas, sendo 120 reservadas para aprimoramento intelectual e 60 para aplicação do conhecimento e observação de campo empírico. O processo seletivo ocorre no mês de fevereiro de cada ano.
Em Peritiba a turma da Escola Básica Estadual Irmã Anunciata Sperandio o processo seletivo contou com a participação de 93 alunos dos quais 35 obtiveram classificação para frequentar o curso. O conjunto de disciplinas destacadas pelo eixo pedagógico do projeto direciona-se a cidadania socioambiental. A didática está centrada em 5 núcleos: Polícia Militar e Cidadania – onde se conecta as atividades policial militar e a defesa dos direitos sócioambientais; Fauna, Flrora, recursos Hídricos e Poluição – onde se aprimora as formas de proteção e recomposição dos bens naturais e as necessárias mudanças de comportamento do homem em relação ao elemento natural. A conscientização e a discussão sobre as violências ambientais e as possibilidades de mitigação na forma comunitária, na forma de políticas públicas ou mesmo individual, são pontos centrais do curso. Ao final do curso em dezembro de cada ano os alunos recebem certificação de protetores ambientais e passam a desenvolver projetos de proteção e conscientização ambiental nos municípios onde residem. As atividades são monitoradas pela Polícia Militar ambiental e por órgão específicos das prefeituras, como é o caso de Ponte Serra, onde alguns alunos, depois de 2 anos de formação seguem desenvolvendo projetos e auxiliando o município nas questões ambientais, ressalta o Sargento Chaves coordenador dos cursos de protetor ambiental na região da Amauc.
Os pesquisadores do NIPP (Gabriela Ribeiro Cardoso, Felipe Mattos Monteiro, Denis Berté Sálvia, Marcelo Serran Pinho, Irme Bonamigo, Luiz Carlos Chaves e Erni J. Seibel) participaram do “Seminário Descentralizado Educação e Violências – I Jornada Integrada de múltiplas reflexões docentes”. O evento aconteceu na cidade Concórdia entre os dias 25 e 28 de abril de 2017 e surgiu a partir da publicação do livro “Educação e violências: múltiplas reflexões docentes”, em outubro do ano passado, com artigos de professores filiados ao Sinproeste sobre a temática educação e violências.
Programação
• 25/04/17 – Às 19h, na Facc
Mesa-redonda: Política Legislativa e Institucionalização da Violência
Palestrantes:
Profª Alexandra Biezus Kunze Sandi – FACC
Prof. Marcelo Serran Pinho – UFSC
Debatedores:
Prof. Felipe Mattos – UFFS/USP
Prof. Luiz Carlos Chaves – FACC/UNC
Mediadora:
Profª. Francini Cansi – FACC
• 26/04/17 – Às 19h, na Fabet
Mesa-redonda: Violência no Espaço Escolar
Palestrantes:
Profª. Silvana Maia Borges – FABET
Prof. Erni José Seibel – UFS
Debatedores:
Gabriela Ribeiro Cardoso – UFFS/Laranjeiras do Sul – PR / Prof. Marcelo Serran Pinho – UFSC
Mediadora:
Profª. Irme Salete Bonamigo – Unochapecó
• 27/04/17 – Às 19h, na UnC
Mesa-redonda: Processos Educacionais e violências: a problemática da inclusão/exclusão
Palestrantes:
Profª. Solange Aparecida Zotti – IFC/Concórida
Profª. Inézia Demartini Zanardi – UnC/Concórdia
Debatedores:
Profª. IrmeBonamigo – Unochapecó
Prof.Luiz Carlos Chaves – FACC/UNC
• 28/04/17 – Às 19h, na UnC
Mesa-redonda: Ambiente universitário, violências e estrutura social
Palestrantes:
Prof. Felipe Mattos – UFFS/USP
Prof. Erni José Seibel – UFSC
Prof. Luiz Carlos Chaves – FACC/UNC
Profª. Irme Bonamigo – Unochapecó
Debatedores:
Gabriela R. Cardoso – FFS/Laranjeiras do Sul/PR
Prof. Marcelo Serran Pinho – UFSC
http://www.sinproeste.org.br/noticias/
Uma sociedade armada e blindada, abandonada à sua sorte pelo Estado, é realmente democrática?
http://http://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/02/opinion/1493726909_087841.html?prod=REG&event=go&event_log=go
Buscando ampliar a reflexão e o debate sobre a importância das pesquisa de vitimização para pensar politicas de segurança pública e violências, inciamos aqui a formação de um dossiê sobre pesquisas desta natureza realizadas em diferentes conjunturas e países. Nossa proposta é contribuir para debate trazendo uma perspectiva cosmopolita e histórica;em outras palavras, como em outros contextos está desenvolvida esta temática.
No ultimo dia 09/03/2017 tivemos uma roda de conversa com Gabriela Dequech Machado, jornalista, recém formada pela UFSC. Gabriela escreveu seu TCC em 2016 sob o título “SEGURANÇA E VIOLÊNCIA NA UFSC:Análise do discurso nos jornais Diário Catarinense e A Notícia.” O trabalho de Gabriela vem complementar e contribui com a atual pesquisa do Observatório Violências e Segurança Pública “Vitimização e Sensação de Segurança em Campi Universitários”, pelo apurado trabalho de pesquisa hemerográfica focando no conteúdo das matérias (analise de discurso) e posicionamento da mídia impressa local (DC e A Notícia) em dois fatos que marcaram a gestão de Rosalane Neckel (2012-2016), quais sejam, o fechamento das entradas do campus UFSC/Florianópolis com portões e o evento no ‘bosque’, relativo à intervenção da Polícia Federal no campus da UFSC, fato que geraram muita polêmica em torno da questão segurança e vitimização.
O trabalho de Gabriela pode ser acessado em:
Para especialistas, se o projeto da bancada da bala for aprovado, ele aumentará a quantidade de armas em circulação e, por tabela, os já elevados índices de criminalidade