O Índice de Vulnerabilidade Social
O Índice de Vulnerabilidade Social (IVS), construído a partir de indicadores do Atlas do Desenvolvimento Humano (ADH) no Brasil (IPEA/PNUD),(http://ivs.ipea.gov.br/ivs),reúne indicadores do bloco de vulnerabilidade social do ADH, os quais, indicando regiões com forte exclusão e vulnerabilidade social, permite orientar gestores públicos municipais, estaduais e federais para o desenho de políticas públicas mais sintonizadas com as carências e necessidades presentes nesses territórios.
Complementar ao Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), o IVS traz dezesseis indicadores estruturados em três dimensões, a saber, infraestrutura urbana, capital humano e renda e trabalho, permitindo um mapeamento singular da exclusão e da vulnerabilidade social para os 5.565 municípios brasileiros (conforme malha municipal do Censo demográfico 2010) e para as Unidades de Desenvolvimento Humano (UDHs) das principais regiões metropolitanas (RMs) do país.
As noções de “exclusão” e de “vulnerabilidade social” têm sido cada vez mais utilizadas, no Brasil e no mundo, por pesquisadores, gestores e operadores de políticas sociais, num esforço de ampliação do entendimento das situações tradicionalmente definidas como de pobreza, buscando exprimir uma perspectiva ampliada complementar àquela atrelada à questão da insuficiência de renda.
Nesse sentido, a leitura desses processos, resultante desta “nova” conceituação, pode dialogar e produzir efeitos sobre as propostas e os desenhos das políticas públicas, alargando seu escopo e colocando em evidência as responsabilidades do Estado, em todos os seus níveis administrativos, na promoção do bem-estar dos cidadãos.
IVS Santa Catarina
Nos cartogramas acima temos uma visão da variação do IVS-sintético de Santa Catarina entre 2000 e 2010. A observação de indicadores através de cartogramas tem como ponto positivo a identificação e reconhecimento das manchas georeferenciadas sugerindo hipóteses que podem ser o ponto de partida para debates e estudos por acadêmicos e gestores.
As divisões regionais do IBGE vão desde a unidade nacional, regional, estadual, mesorregional, microregional, municipal, etc. Santa Catarina, no entanto, apresenta uma característica que podemos situar entre a divisão mesorregiomal e estadual quando se trata de indicadores básicos ou primários (mortalidade infantil,por exemplo). Nestes, as manchas indicam três grande regiões que podemos identificar como: litorânea, meso e oeste. A análise do IVS/SC indica estas macro divisões nos dois momentos dos cartogramas. Mesmo tendo havido um melhoria no IVS de uma década para a outra, esta divisão macro regional permanece e podemos caracterizar da seguinte forma: a) região litorânea: tendencia de bons indicadores e relativa homogeneidade; região meso: tendencia de indicadores medianos ou ruins e relativa homogeneidade; região oeste: indicadores diversificados e heterogeneidade regional.
Enquanto o Brasil teve uma variação de 0,490 (2000) para 0,354 (2010), a variação de Santa Catarina foi de 0,292 (2000) para 0,192 (2010) no IVS/SC, ficando em 1a. posição nis dois anos referidos, seguidos do Rio Grande do Sul e Paraná.
Mesmo tendo um desempenho positivo na comparação nacional Santa catarina apresenta desigualdade regionais internas que não podem ser ignoradas.
